Com a ascensão da internet nos anos 2000, questionou-se a continuidade das mídias off-line e, com o passar do tempo, percebemos que a questão não era ON “ou” OFF e sim ON “e” OFF.
Então o “e” potencializa a integração dos canais de comunicação, reconhecendo que o novo e o velho podem coexistir de maneira frutífera e quando combinados compõe uma estratégia 360º.
O mesmo raciocínio é válido quando falamos de gerações. A ideia de que a experiência e o conhecimento acumulados ao longo de anos de trabalho são menos valiosos do que o frescor das novas gerações desencadeia uma cultura de obsolescência que também é extremamente prejudicial para a inovação e a criatividade
Ao abraçar a filosofia do “e” em vez de adotar uma abordagem de “ou”, a indústria da criatividade não só pode enriquecer a sua oferta, como também potencializar resultados para os clientes.
A inovação pode então surgir da união de boas práticas consolidadas ao longo dos anos com a modernidade como por exemplo, o uso de conteúdo gerado pelo usuário em publicidade OOH.
Ignorar a experiência é um erro, pois ela pode oferecer soluções inovadoras e criativas quando combinada com as novas tecnologias e tendências.
As técnicas tradicionais de publicidade, como a criação de narrativas envolventes e o entendimento profundo do comportamento do consumidor por exemplo, ainda são extremamente relevantes. E quando essas técnicas são potencializadas pela divulgação nas redes sociais, com seu poder de segmentação, somada a capacidade de compartilhamento espontâneo, podemos criar campanhas memoráveis e eficazes.
Isso significa usar a sabedoria dos métodos tradicionais para fundamentar as campanhas, pois na indústria criativa, a verdadeira inovação não vem de uma rejeição do passado, mas sim de uma integração inteligente e harmoniosa entre o velho e o novo. Somente assim poderemos avançar verdadeiramente, combinando a energia da juventude com a profundidade da experiência.
Everton Correia, Meio&Mensagem, 01/08/2024
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