Tradicionalmente consideramos a criatividade como um domínio subjetivo avesso a fórmulas e processos. Áreas como publicidade, design e inovação evoluíram considerando que a originalidade da ideia é tão importante quanto a própria pertinência da mensagem ou o resultado a ser perseguido.
Surge, então, a inteligência artificial (IA) generativa, capaz de gerar textos, imagens e conceitos que antes levariam horas de esforço humano. A lógica subjacente à criação passa a ser profundamente tensionada.
A subjetividade, longe de ser eliminada por essa transformação, é reposicionada como um diferencial. E o que fica evidente é a necessidade de desenvolver métodos claros e orientados à expansão do potencial criativo. Não é possível negligenciar a capacidade da IA em transformar a criatividade, por isso, precisamos nos preparar para aplicá-la de forma consciente. Isso vai exigir pelo menos três movimentos estruturantes e transformadores:
- A organização de dados e referências criativas.
- A criação de frameworks, transformando rituais criativos em playbooks.
- Desenvolvimento de uma curadoria consciente e iteração contínua.
A inteligência artificial não empobrece a criatividade. Ela apenas redefine seus fundamentos operacionais. O que antes dependia do lampejo agora depende de intenção bem articulada. E o método é o que nos permite fazer essa ponte, sem perder o que há de mais humano na criação.
Roberto Ribas, Meio&Mensagem, 07/08/2025
O artigo completo publicado no site da Meio&Mensagem pode ser lido clicando no link abaixo:
https://www.meioemensagem.com.br/opiniao/metodo-e-o-novo-catalisador-da-criatividade-em-tempos-de-ia