Como funciona a publicidade exterior fora do Brasil?

No último mês de setembro foi realizado, em Nova Iorque, um encontro com empresas de mídia Out-of-Home. O encontro reuniu executivos de agências e anunciantes com veiculação de mensagens sobre a autenticidade da mídia OOH no mundo digital e móvel na atualidade. Encontros como este demonstram que mídia OOH continua viva e em constante evolução, trazendo investimento e agregando no planejamento de campanhas publicitárias em todo o mundo.

No mercado internacional os investimentos em publicidade exterior é expressivo. Na Austrália, o investimento em OOH cresceu 5,2%, de acordo com dados fornecidos pela OMA – Outdoor Media Association – no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano de 2018.

O relatório fornecido pela entidade dá conta que a receita líquida de mídia foi de US$ 447,3 milhões, em comparação aos US$ 425,2 milhões obtidos no ano anterior.

As principais categorias que apresentaram resultados diferentes foram os chamados “outdoors de estrada”, que caíram US$ 3 milhões para chegar em US $ 176,7 milhões, e o segmento “outros”, que inclui mobiliário urbano e ônibus, subindo de US$ 117,1 milhões, em 2018, para US $ 126,1 milhões neste ano.

O segmento de transporte, que inclui a mídia em aeroportos, também subiu, com os números de 2019 mostrando uma receita de US$ 82,6 milhões, contra US $ 69,8 milhões em 2018. Os segmentos de varejo e life style, que inclui shopping centers, escritórios e centros médicos, passaram de US$ 58,3 milhões para US$ 61,8 milhões.

Essa tendência de crescimento na mídia exterior no mercado internacional já está chegando ao mercado nacional, demonstrando a grande importância da mídia exterior em um bom planejamento de campanha publicitária.

Por que considerar OOH no seu marketing?

Visibilidade na certa: Hoje em dia, é praticamente impossível passearmos por aí sem nos depararmos com, pelo menos, uma peça de OOH. Elas simplesmente estão lá, em nossas idas e vindas do dia a dia;

Alcance e impacto: Se você planeja campanhas para diversos meios de comunicação como televisão, jornais ou internet, usar a mídia OOH pode proporcionar um alcance ainda maior para a sua marca, reforçando as mensagens que distribui. Além disso, ela tem bom potencial de impacto porque apela para um dos nossos sentidos mais aguçados: a visão.

Geolocalização: Esse benefício vale mais para os formatos DOOH, que permitem a anunciantes direcionarem a comunicação para um público bem específico, no momento exato. Um exemplo para ilustrar: um restaurante próximo a um grande centro empresarial pode anunciar, nas telas de elevadores do prédio e em horários próximos ao almoço, suas promoções para essa refeição.

Interação: Hoje, anunciantes estão interagindo com seu público por meio de Digital Out of Home. Caso os usuários permitam, eles recebem notificações de displays eletrônicos e de outras peças. Os beacons, dispositivos que emitem sinais por meio de tecnologia, também estão sendo utilizados.

Um bom exemplo é o painel com realidade aumentada que promoveu a Pepsi e alguns bons sustos.

Se imagine tranquilamente esperando pelo ônibus quando, de repente, um meteoro vem em sua direção. E se fosse um leopardo ou um ataque alienígena?

Foi exatamente isso que a Pepsi fez na New Oxford Street, em Londres, por meio de um anúncio extraordinário, utilizando realidade aumentada em um painel de ponto de ônibus. O display fica transparente por um momento, revelando o que há por trás dele na rua. De repente, a tela exibe imagens que se sobrepõem à imagem da rua, como a do meteoro e a do leopardo, dando a impressão que eles estão bem ali ao lado mesmo.

O que se pode esperar nos próximos anos da Mídia OOH no Brasil?

A mídia Out Of Home possui diversas aplicações e formas. O seu crescimento em painéis digitais em todo o mundo e a automação da compra e venda de Digital Out-Of-Home (DOOH), só vem avançando e tomando força e escala.
Os anunciantes querem uma transformação que otimize investimento e tempo, já que aparentemente, no futuro, vamos gerenciar todas as mídias em um único painel, inclusive o Out-Of-Home, que está em plena transformação.

O Out-Of-Home é a mídia das cidades inteligentes. Como o conceito smart cities está cada vez mais forte e inclui desde soluções de tecnologia e inovações de mobilidade urbana até oferta de serviços em tempo real, o evento dissertou que o avanço do Digital Out-Of-Home (DOOH) faz dessa mídia a protagonista nas cidades inteligentes. Por meio das telas digitais e interativas, a população pode ter acesso a informações sobre clima, tráfego e infraestrutura, beneficiando moradores e turistas com conectividade, informações e mensagens de interesse.

– A mídia Out-Of-home é a mídia da criatividade holográfica. Em um momento em que a experiência do cliente se torna um dos maiores ativos das marcas, grandes anunciantes estão recorrendo às novas técnicas interativas de OOH para fazer as pessoas se conectarem às suas mensagens. Diante da abundância na oferta de produtos e serviços, a conexão que a mídia OOH permite nos grandes centros urbanos, se torna um caminho inventivo e inspirador para a criação de campanhas. É importante olhar de perto a digitalização da mídia OOH, que aponta enormes oportunidades de conexão para clientes.

De 2021 em diante, deverá haver uma aceleração maior, segundo o órgão, que é o representante de toda a indústria digital.

As possibilidades criativas são ilimitadas quando você explora o DOOH de forma programática. Esse tipo de publicidade exterior deve ganhar escala com a implementação do 5G nas grandes cidades, que aumentará a hiperconectividade dos painéis digitais. Além disso, permitirá uma mensuração mais assertiva sobre campanhas em outdoor.

Comentários sobre mídia externa no RJ

Sobre as empenas cegas e o RJ. O Município do RJ tem como foco principal para a mídia externa, o Centro da Cidade, que reúne de comércios a serviços e todos os tipos de pessoas de todos os bairros e outros municípios. Só para se ter uma ideia, em 1999 uma matéria feita pelo Jornal Nacional, da TV Globo, revelava que o prédio conhecido como “Edifício Central” que fica na Av. Rio Branco, próximo ao painel da Av. Presidente Vargas, tinha circulação diária superior à população de Roraima.

Os outros focos são os bairros adjacentes, da zona sul, zona norte e zona oeste. O Centro, como já dito anteriormente, era exclusivamente local de trabalho, mas após reestruturação urbana, com a revitalização da zona do Porto e a instalação do Museu do Amanhã se transformou em ponto turístico. Também esta em andamento um processo de construção de novos prédios residenciais. Já nos bairros tradicionalmente residenciais, temos de tudo, lazer, comércio e serviço.

Os bairros têm suas características pessoais. Por exemplo: na zona oeste, a Barra da Tijuca é considerada a área dos “emergentes” e tudo de novo e moderno, os grandes Shoppings, estão lá.

Na zona sul, Ipanema/Leblon, (Av. Vieira Souto sendo o m² mais caro do RJ), é a área “fashion” “nobre” e “tradicional”. Reúne artistas, intelectuais, políticos e empresários, tendo vida noturna muito ativa. No Leblon, temos várias ruas próximas ao canal do Leblon, que foram “fechadas”, virando ruas particulares que formam o Jardim Pernambuco, condomínio exclusivo de casas de classe AAA onde residem famílias tradicionais e grandes empresários. Local mais nobre do Rio. Propositalmente “esquecido”, intocável e pouco comentado.
Copacabana, sendo o bairro mais conhecido mundialmente por turistas, preferido, para moradia, dos aposentados de situação estável, tem em sua praia o ponto de encontro e lazer de grande número de jovens, adolescentes, adultos e idosos que entre outras coisas pedalam e caminham no calçadão, praticam esportes de areia, durante quase que às 24h. do dia. Ainda temos vários eventos esportivos e musicais durante todo o ano, sem falar da vida noturna já conhecida.

Na zona norte, Tijuca, Méier e Vila Isabel, bairros tradicionais abrigando famílias que “não trocam de lugar por nada deste mundo”, sendo inclusive segunda opção de moradia para quem não encontra imóvel, ou não quer morar na zona sul, mas querem ter o mesmo status. Possuem suas características próprias, com forte tendência para a boemia e o samba, atraindo pessoas de todos os lugares para o lazer noturno local. É só lembrar Martinho da Vila, Mangueira ou Salgueiro.