Por uma desautomatização da relação entre agências X anunciantes

Empresas de comunicação e seus clientes precisaram investir em temáticas como diversidade e sustentabilidade em campanhas, publicidades e projetos, transformando o diálogo com seus públicos. No entanto, muitas dessas ações podem não condizer com a realidade interna dessas companhias. O levantamento global “Elementos de Valor”, da Bain & Company, divulgado neste ano, revelou que só 35% das novas empresas de produtos de consumo têm uma missão ESG.

Quando não há uma coerência entre a narrativa apresentada e o cenário real, não é possível estabelecer uma comunicação genuína. É que “propósito”, para ser oportuno e não oportunista, precisa de muita profundidade, história vivida e atuação percorrida.

Iniciativas significativas são possíveis por meio da integração entre companhia e agência, o que nos permite ir além do incentivo à compra de produtos e serviços, do “atingir o público-alvo” de forma passageira. É sobre construir uma relação com as pessoas, gerando reflexão, diálogo, mudanças de comportamento e solucionando problemas em suas vidas. O papel das agências é chave para os negócios quando entende que deve sim promover transformações positivas e eficientes na comunicação das marcas – e isso precisa genuinamente acontecer de dentro para fora da comunicação.

É aí que entra a importância da sinergia de valores, histórias, causas, compromissos, práticas e visão de negócio de seus anunciantes, tanto por meio de suas criações, quanto internamente. É crucial ter pessoas que vão promover as mudanças necessárias e que as companhias por trás dessas ideias estejam engajadas nas causas que dizem apoiar, priorizando a coerência entre o que se prega e o que se faz. Sem isso, não há como estabelecer uma comunicação genuína com as pessoas, gerando vínculos profundos entre marcas e seus públicos.

Transparência, somada à reputação, requer tempo e cooperação, indo além de iniciativas pontuais para que seja construção de valor. Em tempos de automatização e produção de informação em escala, o vínculo e a profundidade das relações humanas (e entre agências e anunciantes) são o maior diferencial competitivo que a comunicação pode materializar. A tão sonhada relevância cultural virá através do senso crítico e de um olhar inovador que somente a pluralidade de perspectivas e vivências traz, ao invés de cair em tendências efêmeras e repetitivas.

 

Viviane Pepe, Meio&Mensagem, 07/06/2023

 

O artigo completo publicado no site da Meio&Mensagem pode ser lido clicando no link abaixo:

https://www.meioemensagem.com.br/opiniao/por-uma-desautomatizacao-da-relacao-entre-agencias-x-anunciantes

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