Em terra de LGPD, a falta do sim é não

A privacidade nunca entrou tanto como pauta nas reuniões das empresas como entra hoje. Com a Lei Geral de Proteção de Dados passamos a ter, nas mesas de reunião, a lei de um lado e os departamentos comerciais do outro.

De departamento de venda de convênio a equipe de corretores de imóveis, ou até gerentes de bancos concorrentes do seu, as ligações chegam de todos os lados com frequência cada vez mais alta. Isso sem deixar de lado aquela loja física que você comprou faz meses que, simplesmente do nada, resolve te bombardear com mensagens no seu whatsapp pessoal. O fato é que as abordagens invasivas são uma realidade da qual, mesmo em tempos de LGPD, não conseguimos escapar.

De todos os princípios, regras e normas que a LGPD coloca em pauta, o principal deles talvez seja o mais básico: o consentimento. Ao contrário do que muitos departamentos comerciais pensam, a exigência do consentimento implementado pela LGPD não veio para dificultar o caminho para as vendas, muito pelo contrário. Ela veio para melhorar as relações entre as marcas e os consumidores.

Como se sentem os clientes que são abordadas de forma invasiva?

Em um mundo onde as pessoas não pensam duas vezes antes de fechar o seu site e abrir o do seu concorrente, responder a essa pergunta, pode indicar o início do fim da sua marca.

E essa investigação não é simples. Não existem respostas prontas, mas existem caminhos.

Então cabe a nós, profissionais de marketing e comunicação, um olhar atento e profundo às demandas da lei e um alinhamento intenso com os departamentos comerciais, para suportá-los nessa jornada, criando caminhos para que essas relações sejam consensuais e, portanto, qualifiquem as oportunidades e se convertam em relacionamentos mais sólidos e longínquos.

Afinal, vale lembrar: em terra de LGPD, a falta do sim é não.

 

Vinicius Mancini, fundador da E-Content Lab, 06/07/2022

 

O artigo completo publicado no site da PROPMARK pode ser lido em:

https://propmark.com.br/opiniao/em-terra-de-lgpd-a-falta-do-sim-e-nao/

Cenp-Meios: Mercado cresce 19% nos primeiros três meses de 2022

Os investimentos em mídia no mercado brasileiro alcançaram o volume de R$ 3,450 bilhões nos primeiros três meses de 2022, de acordo com o mais recente painel Cenp-Meios.

O montante é 19% maior do que o movimentado pela indústria no primeiro trimestre de 2021, o que indica uma recuperação do mercado após a pandemia de Covid-19, que afetou consideravelmente os negócios de publicidade em 2020 e no início de 2021.

Os dados do painel Cenp-Meios foram aferidos com base em informações fornecidas por 303 agências de publicidade, uma base um pouco maior do que a de 2021, quando 298 agências reportaram seus resultados ao Cenp-Meios.

Uma comparação direta com o painel relativo aos primeiros três meses de 2021, aponta que todos os meios cresceram, em valores absolutos, no painel deste ano. A exceção é o meio revista, que no primeiro trimestre de 2021 registrou R$ 13.197 milhões em compra de mídia e que, em janeiro, fevereiro e março deste ano, apresentou faturamento de R$ 10.429 milhões.

Em relação à participação dos meios no bolo publicitário, o destaque vai para a recuperação da TV Aberta, que em 2021 havia baixado o patamar dos 50% (ficando com 45,4 % de participação) e, agora, aparece no painel Cenp-Meios com 50%. O share do OOH também subiu de 8,6% no fim de 2021 para 10,3% no primeiro trimestre.

Já o share da internet, que no ano passado atingiu o recorde de mais de 33% no bolo publicitário, teve um recuo nos primeiros três meses do ano, ficando em 27,6%.

 

Bárbara Sacchitiello, 08/06/2022

 

 

A notícia completa publicada no site da Meio&Mensagem pode ser lida em:

https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2022/06/08/cenp-meios-mercado-cresce-19-no-primeiro-trimestre-de-2022.html

Greenwashing, Bluewashing e outros washings

Com a importância e uma consequente pressão da sociedade pela ação positiva das empresas em relação aos princípios ESG, algumas têm adotado movimentos atabalhoados e, pior, comunicação intensiva para divulgar ações de pouca importância para as questões ambientais e sociais.

Greenwashing é um termo utilizado para nominar ações de empresas que se apregoam “verdes” de forma exagerada, ou apoiam atividades de menor importância no aspecto ambiental.

Bluewashing é usado para criticar ações sociais igualmente irrelevantes. Ou seja, bluewashing está para o S (Social), assim como greenwashing está para o E (Environmental). Precisamos inventar um washing para o G (Governance). Que tal G-washing?

O termo caberia para empresas que posam de “boazinhas” no campo do meio ambiente ou social, mas não seguem os preceitos da boa governança, praticando atos pouco éticos e transparentes nas suas relações comerciais.

As empresas precisam primeiro introjetar os princípios ESG e fazê-los permear toda a corporação. Criar um plano de ação, estabelecendo objetivos e atribuindo prazos para sua efetivação. Somente depois, deve-se partir para os relatórios e a comunicação.

Na verdade, os grupos mais antenados da sociedade não deixam passar incólumes as ações oportunistas de empresas que querem pegar a onda do ESG sem consistência.

É preciso adotar os 5 C’s que eu recomendo a todas as empresas com interesse em começar a praticar, de verdade, os princípios ESG: Convicção; Consistência, Coerência, Coragem e Criatividade.

Convicção, no sentido do entendimento de que tais práticas serão boas para a empresa, independentemente do conhecimento do grande público; Consistência, aplicando planos concretos e contínuos, não somente ações pontuais, oportunistas; Coerência, no sentido de praticar o que apregoa (Walk the talk); Coragem para realizar o que nem sempre agrada a todos (como o programa de trainees exclusivo para negros da Magalu, por exemplo) e Criatividade, que deve permear todas as ações da empresa (como a Starbucks brasileira, com seu programa I am, que deu suporte a pessoas trans que queriam mudar de nome, transformando seus cafés em verdadeiros cartórios para facilitar a mudança de nome – ação criada pela VMLY&R, que ganhou Grand Prix no Cannes Lions 2021 na categoria Glass.

Fica aqui a recomendação: antes de divulgar, faça uma autoanálise: isso é realmente relevante para a sociedade? Tenho resultados concretos e importantes para apresentar? Só depois de passar por esse autocrivo, divulgue sem medo.

Alexis Thuller Pagliarini, 28/03/2022

 

O artigo completo publicado no site da PROPMARK pode ser lido em:

https://propmark.com.br/opiniao/greenwashing-bluewashing-e-outros-washings/

Agências explicam mudanças na dinâmica dos investimentos

Embora os investimentos em mídia realizados em 2021 tenham sido superiores aos de 2020 – o Cenp-Meios contabilizou alta de 38,8% no último ano – os últimos 12 meses também foram de reprogramação constante dos planos de comunicação dos clientes.

Se no primeiro ano de pandemia houve claramente restrições nos investimentos em publicidade, a partir de 2021 a reaceleração da economia, sobretudo no segundo semestre, fomentou a volta de um volume mais consistente nos investimentos em mídia, que chegou a R$ 19,7 bilhões ante os R$ 14,2 bilhões reportados em 2020. Naquele ano, participaram do Cenp-Meios 217 agências. Nesta última edição, 298 participaram.

A TV aberta ainda encabeça o ranking do Cenp-Meios. A diferença, porém, é que consta com o menor share (45,4%) já registrado pelo levantamento. Ainda que seu papel de propagar produtos de massa se mantenha, o meio divide atenção com outros em forte crescimento como a internet.

O investimento mais granular de mídia é algo que também exerce influência direta sobre o share da TV aberta, ressalta Marcia Esteves, CEO e sócia da Lew’Lara\TBWA. “Há um investimento casado com o digital, tem o streaming, a complementaridade de meios. Especialmente em 2020, as pessoas passaram a consumir de tudo, Netflix, redes sociais. O ano de 2021 apresenta queda, mas estamos comparando com um ano recorde de audiência, com as pessoas em lockdown”, avalia. A CEO considera que o consumo diversificado de meios deve continuar, o que exigirá um olhar muito mais apurado das agências. “Quando a gente passa a investir em e-commerce, trazemos para dentro pelo menos cinco disciplinas, como UX e varejo”.

A TV paga, por sua vez, cresceu 49,1% de 2020 para 2021. Segundo Marcia, houve a chegada de novos canais pagos, o que favorece mais oportunidades para os anunciantes nesse meio. “Na TV aberta a pessoa vai na programação, enquanto na TV paga vai direto no conteúdo”, observa.

Diante das mudanças de consumo nos últimos dois anos, a conversa deve ser menos sobre canais ou meios específicos, e mais sobre a totalidade da jornada integrada de compra das pessoas.

Com o primeiro trimestre prestes a se encerrar em meio à liberação controversa do uso de máscaras em locais fechados e novas variantes na Ásia, qualquer perspectiva de crescimento certeira é descartada. O contexto econômico atual, somado aos impactos da guerra na Ucrânia e eventos futuros, como as eleições, continuam exigindo um olhar adaptável de agências e clientes.

Em um cenário de constantes mudanças e instabilidades, executivos do segmento publicitário acreditam que, depois de dois anos, as empresas aprenderam a se reprogramar quantas vezes forem necessárias. Marcia, da Lew’Lara, aposta em um 2022 melhor e destaca a reabertura e a volta de eventos presenciais, que devem permitir a criação de ações que marcas deixaram de fazer nos últimos dois anos.

Isabella Lessa, 22/03/2022

 

 

O artigo completo publicado na Meio&Mensagem pode ser lido em:

https://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/2022/03/22/cenp-meios-agencias-explicam-mudancas-na-dinamica-dos-investimentos.html

A educação é a distância, mas a mídia é logo ali na esquina

De 2009 a 2019, o crescimento do segmento de educação a distância (EaD) no Brasil foi de 378,9%, segundo dados do Censo de Educação Superior para o Inep, contabilizados em 2020.

O ápice desse crescimento foi registrado entre março e abril de 2020, em razão da pandemia de coronavírus, quando o EaD registrou um aumento de 70% nas matrículas.

Somos um país continental, com imensa desigualdade social, em que apenas 5% da população possui curso superior. Nesse sentido, o EaD atende às necessidades do brasileiro, pois oferece diferencial competitivo ao ensino presencial, nos seguintes aspectos: praticidade; economia e inclusão.

O acesso à internet, por sua vez, é algo que precisa ser melhorado, pois ainda deixa a desejar quanto à qualidade e à velocidade das conexões, dificultando o acompanhamento das aulas online.

No EaD, o modelo de negócio contempla os polos regionais. O polo de apoio presencial é o local devidamente credenciado pelo MEC, no país ou no exterior, próprio para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância.

Através dos polos funciona o poder de capilaridade das principais instituições de ensino, que são nacionais, mas construídas por meio da presença regional.

Para construir presença regional, precisamos olhar para as oportunidades de mídia regional, e isso o segmento de educação faz muito bem. É o setor líder em investimento publicitário no meio out-of-home, com 9% de participação, que entrega grande alcance e impacto nas conexões urbanas das pessoas com suas diferentes mídias. Tudo isso com estudos de geolocalização que cruzam o endereço dos polos com a jornada das pessoas, para um roteiro de mídia cada vez mais assertivo.

A lembrança da marca das instituições de ensino é construída na mídia local e de massa. Depois segue o funil de vendas com o digital, fazendo o seu trabalho de conversão.

Com um crescimento de mais de 300% o EaD, capacitou-se tecnologicamente e fez uma excelente lição de casa no marketing e na comunicação.

 

Leonardo Lazzarotto, CEO da Tailor Media, 21/01/2022

 

O artigo completo publicado na Meio&Mensagem pode ser lido em:

https://www.proxxima.com.br/home/proxxima/opiniao/2022/01/21/a-educacao-e-a-distancia-mas-a-midia-e-ali-na-esquina.html

Pesquisa de mercado em 2022: multidimensionalidade, democratização e o consumidor multifacetado

Após uma recuperação tímida em 2021, as marcas estão reconhecendo a necessidade de compreender as mudanças de comportamento e sentimentos dos consumidores, confiando nas capacidades da pesquisa de mercado impulsionada pela tecnologia e automação.

Mas o que acontecerá em 2022 neste setor? Que lições podemos tirar do ano que terminou e como podemos usá-las para entender melhor os consumidores no futuro?

Luca Bon, da Toluna, uma empresa de pesquisa de mercado online, explica as principais tendências que vão determinar novas formas de obter os insights do consumidor no futuro.

 

1. Adaptação a uma sociedade multidimensional (e individual)

Em 2022, a pesquisa de mercado vai ter de se adaptar – através da inovação – a uma sociedade multidimensional em rápida mudança. Terá que abordar a diversidade das populações a fim de refletir não apenas a representatividade nacional, tal como se define historicamente, mas também o consumidor onipresente. A pesquisa de mercado terá de acompanhar a nova complexidade da sociedade e do comportamento do consumidor para fornecer as informações necessárias para que as marcas tomem decisões estratégicas.

A tecnologia, impulsionada pela inovação em inteligência artificial, é capaz de capturar essa complexidade – e as empresas de pesquisa de mercado devem saber aproveitar esse potencial para fornecer insights do consumidor verdadeiramente ágeis e dinâmicos.

2. Acelerando a democratização da pesquisa

À medida que criamos novas formas de conhecer e medir o comportamento dos consumidores o nosso setor deve acompanhar esta evolução e concentrar esforços na democratização da pesquisa. Transformar uma grande quantidade de dados complexos em informação acessível, dinâmica e fácil de compreender e tratar para qualquer empresa ou marca.

Já não é preciso ser um especialista para fazer e entender a pesquisa de mercado. Até os membros mais jovens dos times de marketing podem interagir facilmente com pesquisas e insights em larga escala – onde a integridade das metodologias está garantida. E é neste sentido que caminharemos este ano.

3. Compreender um consumidor multifacetado

Os insights mais relevantes já não se referem apenas à localização geográfica de uma pessoa, seu cargo ou opiniões sobre as mudanças na sociedade. O desafio é compreender que o consumidor de hoje é complexo e multifacetado e permitir que as marcas entendam em profundidade essa realidade.

Este ano a pergunta vai ser: “como podemos refletir todas estas facetas do consumidor em uma pesquisa? A indústria deve se concentrar em como podemos dar às organizações a capacidade de capturar três, quatro, ou mesmo cinco dimensões do mesmo indivíduo ou grupo de indivíduos. Como é que uma empresa de pesquisa pode captar esta complexidade? Trata-se de fornecer hiper-segmentação e hiper-personalização, à escala e em tempo real para permitir que as marcas entendam em profundidade a realidade e criem mais empatia com os consumidores para fornecer os produtos e serviços que eles realmente precisam e desejam.

 

Em conclusão, não há dúvida de que o nosso setor continuará enfrentando uma profunda transformação em 2022. Apoiadas pela automação e inovação tecnológica, as empresas de pesquisa de mercado de sucesso serão as que já deixaram para trás a simples formulação de questionários e agora sabem escutar os consumidores.

Assim, a pesquisa de mercado será a ferramenta mais valiosa adotada pelas marcas para compreender o pensamento e sentimento dos consumidores, prever suas ações e criar estratégias verdadeiramente centradas nas pessoas.

 

Luca Bon, General Manager LATAM da TOLUNA, 12/01/2022

 

 

O artigo completo publicado na Meio&Mensagem pode ser lido em:

https://www.meioemensagem.com.br/home/opiniao/2022/01/12/pesquisa-de-mercado-em-2022-multidimensionalidade-democratizacao-e-o-consumidor-multifacetado.html

OOH no Rio pode ganhar nova regulamentação

Com legislação que data de 1992, quando ainda nem existiam painéis digitais, a mídia exterior no Rio pode ganhar uma nova regulamentação se o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 57/2021 for aprovado.

O PLC, que já está publicado no site da Câmara, começa a tramitar pelas mais de 10 comissões da instituição, desde as que cuidam de assuntos urbanos às de bem-estar social, antes que possa ser votado em plenário, o que permite prever que nada mude antes de 2022, de qualquer forma.

O setor de OOH do Rio comenta

Com quase 30 anos de história, há um consenso no setor de que a atual regulamentação está tão desatualizada e exigiu a publicação de diversas leis complementares para definir regras para os novos formatos.

Rudimila Borges, CEO do Grupo Coruja, após apresentar o texto a seu corpo jurídico, comentou que o PLC 57/2021 propõe alterações necessárias e muito aguardadas.

Presidente do Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Rio (Sepex-RJ), e sócio fundador da WAM, Mário Monteiro, fez a seguinte declaração:

“O Sepex participou de diversas reuniões ao longo dos últimos anos, tanto com o executivo quanto legislativo, pleiteando uma atualização da legislação referente ao setor. Tal mudança é fundamental para ajustar as cobranças, garantir uma maior arrecadação por parte do município, dar mais transparência aos processos, atualizar a cidade aos padrões globais de novas tecnologias e consolidar a cidade num cenário de segurança jurídica, tendo em vista que diversas empresas que operam atualmente são globais e de capital aberto, além disso vinculadas a regras severas de compliance e governança. Esperamos que o legislativo coloque logo em votação a matéria para garantirmos assim esse tão esperado amadurecimento da legislação da mídia exterior.”

 

O artigo completo publicado no site Janela Publicitária pode ser lido em:

https://www.janela.com.br/2021/11/24/ooh-no-rio-pode-ganhar-nova-regulamentacao-em-projeto-na-camara/

Como o OOH e o mobile marketing se complementam?

Quando você caminha pela rua e é impactado por uma mídia exterior, qual é o outro meio de comunicação com acesso mais rápido?

Se você pensou no celular, então começamos muito bem!

Os smartphones praticamente se tornaram extensões do nosso corpo. Para você ter uma ideia do quanto somos apegados, uma pesquisa da Kaspersky Lab mostrou que 23% das pessoas preferem ser flagradas nuas em público do que não estar com seus celulares e que 69% não saem de casa sem seus aparelhos telefônicos.

Mesmo fora de casa as pessoas podem usar seus smartphones para ir até o site do anunciante, tirar uma foto da peça publicitária e compartilhar no Instagram, buscar sobre aquele produto no Google, escanear o QR Code do anúncio…

Enfim, são diversas possibilidades de novas interações que combinam o OOH com os celulares.

O OOH é a única mídia tradicional que vem mantendo constante crescimento, enquanto que a TV, rádio e outras mídias veem seus investimentos se reduzirem nos últimos anos.

Pelo mundo, um quarto dos 100 maiores anunciantes de out of home são gigantes tecnológicos. Apple, Netflix, Google, Amazon, Facebook, Microsoft e Uber estão entre essas empresas.

Quem circula pelos aeroportos e rodoviárias mais movimentadas do país já deve ter se deparado com alguma publicidade do Uber. E olha que se trata de um aplicativo usado quase que unicamente pelo celular.

Se considerarmos que esses players são muito consumidos em dispositivos móveis, começamos a entender melhor o porquê de o OOH ser tão aproveitado por eles.

Como aliar o out of home com o mobile?

Se tem uma coisa que une o OOH com o mobile marketing é usar a localização de maneira mais eficiente em campanhas publicitárias.

Em outras palavras, podemos dizer que essa combinação gera mais contexto para uma comunicação e se aproveita disso para falar com o público certo e no local certo.

Mas onde exatamente está o contexto?

Uma mídia exterior pode apontar onde um determinado público-alvo circula. O celular pode dizer quem são essas pessoas, especialmente pelos dados de redes sociais.

Aliás, você já reparou quando o Google, Instagram ou Facebook notifica sobre o local onde você está?

O papel do marketing nesse cruzamento de canais é justamente influenciar o próximo passo dos consumidores quando não estão em casa. Sabemos quem são e onde estão. Agora, podemos indicar o caminho que eles vão seguir.

Para isso, pode-se adotar algumas estratégias que combinam o OOH e o marketing de celular, como: QR Codes; cupons de desconto; engajamento em mídias sociais; remarketing móvel e planos de mídia melhor segmentados.

O OOH complementado pelo mobile marketing leva as campanhas baseadas em localização a um nível mais eficiente (com mais e melhores dados), ajuda a aumentar o alcance dos anúncios e, principalmente, entende melhor o contexto e comportamento de um consumidor que vive conectado mesmo quando não está em casa.

 

O artigo completo publicado no Blog da Rockcontent pode ser lido em:

https://rockcontent.com/br/blog/out-of-home-e-mobile-marketing-se-complementam/

Games: a nova fronteira do digital OOH

Antes da pandemia alterar a dinâmica de todos os segmentos de negócios do País, o meio OOH era, entre os veículos de comunicação, o que apresentava maior taxa de crescimento em relação à atração de verbas publicitárias. Em 2019, o setor havia movimentado no Brasil a quantia de R$ 1,84 bilhão em compra de mídia, uma quantia 33% maior do que o ano anterior. Mesmo com uma diminuição no ritmo de crescimento, o setor encerrou 2020 detendo 8,6% de toda a verba investida em publicidade no Brasil, o que deixa o meio atrás apenas da TV aberta da internet no recebimento das cifras dos anunciantes.

O histórico recente do setor fez o segmento avançar não só nos serviços oferecidos, mas também na tecnologia utilizada para a criação de telas, painéis, mobiliários e outras interfaces de exposição das marcas dos anunciantes e de conteúdo ao público. A partir de agora, o setor pode ganhar um avanço ainda maior ao se aproximar da indústria do entretenimento.

Nesta semana, a Neooh, empresa brasileira do segmento de OOH, anunciou que integrará seu inventário de telas ao universo dos games, oferecendo a opção de seus clientes veicularem suas campanhas também dentro do universo dos jogos eletrônicos.

Uma vez que as pessoas entram em contato com as telas ao saírem na rua, circularem nos transportes públicos e se depararem com telas de grandes formatos, era natural, na visão da empresa, que esse contato também pudesse ser estendido ao ambiente dos games, que cada vez vem ganhando mais atenção dos consumidores – e mais investimento das marcas. De acordo com o relatório Global Market Games, da Newzoo, a indústria de jogos eletrônicos deve encerrar o ano de 2021 com 3 bilhões de jogadores ativos em todo o mundo e, em 2024, a previsão é de que essa indústria movimente, globalmente, cifras em torno de US$ 218 bilhões.

Ao fazer um plano de veiculação de uma campanha no meio OOH, o anunciante pode definir a idade, perfil e hábitos das pessoas que deseja impactar e quais os tipos de games em que acredita que poderá ter mais adesão junto a essa audiência.

Por enquanto, a solução da Neooh contempla mais de 100 games no inventário – entre eles, o Pro Evolution Soccer (PES) 2021, House Party, Mortal Kombat, Bob Esponja, Family Island, Zombie Tsunami, Sniper 3D, Cooking Diary e Fruit Ninja. A ideia, segundo o executivo, é ampliar esse leque com a inclusão de outros jogos, por meio da parceria com a PMP.BID.

 

Bárbara Sacchitiello, 25/08/2021

 

O artigo completo publicado na Meio&Mensagem pode ser lido em:

https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2021/08/25/games-a-nova-fronteira-do-digital-out-of-home.html

O ESG no OOH

Depois de um 2020 muito difícil para o OOH, em 2021 o segmento emerge com força, inovação e propósito, pois a mídia exterior também entrega impacto ambiental, social e governamental, características que, possivelmente, a tornam o meio de mídia mais engajado com o ESG, tradução do inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa.

Quando falamos da letra ‘E’ da sigla, de Environmental (ambiental), estamos nos referindo às práticas ambientais, ou seja, como a empresa procura reduzir o impacto ambiental com o seu negócio e se preocupa com questões como aquecimento global, emissão de carbono, eficiência energética, gestão de resíduos, poluição e recursos naturais.

Uma das questões ambientais relacionadas com o OOH, por exemplo, é a preocupação com o descarte das lonas, produto reciclável e matéria-prima do setor. Algumas empresas já vêm se responsabilizando pelo destino desse material, como a Favretto Painéis, que transforma os resíduos em vasos de flores e os distribui para as comunidades locais.

Já a letra ‘S’, de Social, avalia como a empresa respeita seus parceiros: clientes, colaboradores e funcionários. Os temas contemplados são inclusão e diversidade, direitos humanos, engajamento dos funcionários, privacidade e proteção de dados, políticas e relações de trabalho, relações com comunidades e treinamento da força de trabalho.

Trazendo a aplicação da sigla para o momento pandêmico, é imperioso citar as empresas que estenderam a mão e seus ativos de mídia para os pequenos empresários, os que mais sentiram a dor da pandemia no balanço das empresas.

A Outdoormídia criou a campanha: “Pense grande, compre do pequeno”. Após um breve cadastro e avaliação, academias, restaurantes, salões de beleza e pequenos comércios ganharam um mês de veiculação gratuita nas telas de uma das empresas mais inovadoras de DOOH de Curitiba.

Em relação à Governança, última letra da sigla ESG, mensura-se a adoção de melhores práticas de gestão corporativa, como diversidade, ética e transparência.

Um dos cases a ser acompanhado, é a Eletromidia, empresa que fez seu IPO e captou R$ 870 milhões. Para ela, o ‘G’, de Governança, está no dia a dia da gestão, mas o seu compromisso com o ESG está presente além da gestão do tripé ambiental, social e governança, mas também no produto.

A Estação Sustentável, da Vila Olímpia, na cidade de São Paulo, projeto batizado de Trilhos Verdes, recém-inaugurado em parceria com o Santander, é a materialização desse conceito. Além de trazer visibilidade à empresa, traz diferentes soluções sustentáveis, como: sistema de reaproveitamento de energia solar, captação da água da chuva, reuso de água de esgoto, bancos construídos a partir de materiais recicláveis e com carregadores para celular. O espaço conta ainda com painéis que informam os passageiros que circulam pela estação sobre a quantidade de água e energia que aquele espaço está economizando e também possui um admirável jardim vertical, que além de ajudar a amenizar a temperatura no local é irrigado com a água tratada proveniente dos banheiros da própria estação.

Para além do mercado nacional, o OOH tem players internacionais que entendem o ESG como o novo normal. O OOH moderno é esse que impacta como meio e com propósito nas suas ações sustentáveis.

Leonardo Lazzarotto, CEO da Tailor Media, 28/06/2021

 

O artigo completo publicado na Meio&Mensagem pode ser lido em:

https://www.proxxima.com.br/home/proxxima/opiniao/2021/06/28/o-esg-no-ooh.html